Diário de looks: Viena

Olá, olá, eu nunca tinha feito esse tipo de post antes, mas gostei tanto dos lookinhos usados em Viena que resolvi tentar. E antes de qualquer coisa, preciso te dizer que parte do orgulho vem de ter ficado 6 dias na cidade, usando apenas uma mochila, com uma temperatura que foi dos 30°C aos 8°C. Parece desafiador? E foi. Mas quem está atenta a previsão e sabe que ela pode mudar mil vezes se prepara com mais inteligência.

Pra começar esse diário com dica útil, algumas peças curingas pra ter na mala – ou mochila – quando a variação de temperatura é grande são: 1) Croppeds levinhos, que não ocupam pouquíssimo espaço e vão te salvar no calor, mas também podem ser usados por cima de camisas ou blusas de mangas longas para deixá-las mais cool; 2) Calças de alfaiataria, já que elas funcionam bem tanto no frio quanto no calor; 3) Pelo menos uma blusa de gola alta, que vai ser muito útil usada sozinha ou por baixo de diferentes camisas; 4) Camisas, porque elas funcionam bem em qualquer temperatura; 5) um lenço quentinho e aquele casaco que vai ser o seu BFF todos os dias ou noites – o meu foi um cardigã amplo que já foi pendurado no ombro mesmo pra economizar espaço.

O que levei na minha mochila (tirando maquiagem, meia, lingerie, livro, cabos, produtos de higiene…)

A verdade é que ao viajar a gente está um cadinho mais atenta para o que vai vestir, seja para se adequar ao clima, ficar bonita nas fotos, se manter confortável ou porque não teremos todo o nosso acervo de peças ao lado. É inevitável sentir que vai faltar roupa para uma determinada ocasião, por isso, pensar em lookinhos antes mesmo de viajar é uma fórmula muito da eficaz de sentir que tem tudo o que precisa.

Bora tomar um cházinho? 🫖

Essa é a hora que eu confesso que odeio planejar look com antecedência. Vou lá eu saber o que a Marcie de daqui 5 dias vai querer vestir? Então o que funciona para mim é reunir as ferramentas ideais – uma série de peças que eu gosto + alguns curingas para facilitar as combinações – e deixar essa menininha do futuro colocar a mão na massa e construir seu próprio quebra-cabeça. Bora ver o que ela resolveu criar?

Dia 0: o famoso aerolook

Mais básica desconheço! O objetivo aqui era já sair usando a calça que mais ocupava espaço – e iria compor um terno pra outro dia – e ter o máximo de conforto possível. Pra não ficar tudo tão sem gracinha, dobrei a manga da camiseta branca e a barra da calça, amarrei o cadarço na canela e coloquei colar, brinco e um cintinho com detalhes metalizados. A bolsa pequena cruzada e com lenço amarrado guardou os documentos, fone e celular, mas foi escolhida a dedo para me acompanhar todos os dias da viagem.

Eu geralmente acho looks basicões assim lindos no street style, mas preguicentos em mim. Sabe aquela sensação de podia ter feito melhor? Pois é. Talvez influenciada pela alegria de viajar, nesse dia me senti chic sem esforço. Quer mais dicas de como montar looks estilosos com peças neutras/básicas? Esse post vai te ajudar!

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Dia 1: calor, look verão e look ópera de 15 minutos

O primeiro dia de Viena foi quente, mas quente de dar aquela suadinha constante. Por isso, eu já catei o combo mais veranil possível, com direito a cropped com estampa de toalha de piquenique. A cor ousada e alegre de quem não tem medo de ser ponto de referência – ainda mais em um lugar onde quase todo mundo veste neutro – é aquela pitada de turista alegrinha com os dias que vêm pela frente, mas também um dos looks mais eu possível, já que tem brincadeira, tem vermelho, tem conjuntinho e tem tênis com cadarcinho amarrado na canela. Cabelo preso por motivos de calor, brinco que foi achado em uma outra viagem, para Buenos Aires, e pronto. Visual simples, descomplicado, confortável e todo cheio de bossa.

O blazer que eu queria usar

Mas a programação do dia também contava com Ópera, um evento para o qual eu estava animada demais, sobretudo pela ideia de me montar, entrar naquele espaço maravilhoso, sentar lá nas galerias do alto e assistir o espetáculo tal qual Julia Roberts em “Uma Linda Mulher”. Então esse foi o único look que veio planejado de casa. Desde o começo eu queria algo diferente dos vestidos e echarpes – tão presentes no nosso imaginário – por isso pensei em um terno, com uma pitada de drama e outra de casualidade. Desse briefing até escolher meu blazer com babados nos ombros foram segundos. E vai dizer que essa peça não parece perfeita usada com uma calça preta, top preto por baixo, coque baixo com o cabelo molhado de gel e tênis branco? Parecia perfeito, então nem me importei com o fato de o blazer ocupar 1/3 da mochila. Eis que…. A temperatura não baixou um grauzinho sequer e estava MUITO quente. Mas eu fui tão confiante que o look iria funcionar que não levei nenhuma segunda opção.

Não repita esse erro de não ter um plano B ou você pode acabar como eu, entrando numa Zara qualquer com 15 minutos pra escolher uma peça. Achei esse vestido, meio slip dress, meio deusa grega e tive que mudar de “modernosa da ópera” pra Kardashian mesmo, toda decotuda e acetinada. Na foto do provador dá pra entender melhor o vestido do que nas fotos da ópera em si, mas fica o registro desse momento logo abaixo.

Dia 2: estampa + neutro

Eu já disse em um post do passado, mas camisa branca é uma das peças mais curingas na minha vida. É camaleoa mesmo, podendo ser chic, clássica, descontraída, cool… Por isso, era óbvio que traria a minha para viajar – e já te digo de antemão que usei dois dias seguidos. O objetivo do dia era caminhar bastante, curtir uma feirinha de rua gostosa e emendar direto para a noite. Eu queria estar confortável, mas não óbvia, então trouxe a calça estampada cheia de personalidade para a mistura, combinada à bolsinha caramelo com lenço amarrado pra criar um discreto mas eficaz mix de estampas. Nos pés o mesmo teninho de todos os dias e pronto: look que foi bem do parque ao barzinho.

Dia 3: chuva, rolês culturais e surpresas

Esse foi um dos meus dias preferidos da viagem, mesmo que a gente tenha pego uma chuva absurda e passado um bocado de frio. O motivo? Foi um daqueles dias deliciosamente imprevisíveis em que acontece de um tudo – até mesmo ir parar em um bar latino e dançar pela primeira vez depois de quase dois anos, mesmo que não fosse uma festa festa. Eu não sabia de tudo isso pela manhã, quando montei essa combinação aqui, mas já estava pronta com o look que vai aparecer no dia 4 do nosso diário, me olhei no espelho e não me pareceu festivo o suficiente.

Voltei rapidinho pro quarto, repesquei a camisa branca do dia anterior e misturei-a com minha saia preferida, cheia de babados e com um tecido acetinado digno de festa chic. Para proteger do vento – e da chuva inesperada -, temos a jaqueta jeans. Do museu ao segurar a saia pra dar uma reboladinha, o look cumpriu todas as expectativas e me fez sentir bonita, apesar do clima querer constantemente me derrubar.

Dia 4: o look de ontem que virou de hoje

Pra quem estava curiosa, eis aqui o lookinho que eu ia usar no dia anterior. Estaria eu prevendo esse dia de ressaca, em uma cidade em que nada abre no domingo? Só pode ser! Aqui o conforto e comodidade de não precisar pensar foram as palavras-chave. Amo misturar tons neutros que fujam do preto clássico, então roubei essa calça da mochila do namorado e a uni às outras peças neutras disponíveis. Tudo em tecido gostosinho de vestir, com modelagens que são soltinhas. Se existe mais look preguiça mais cool que esse desconheço.

Dia 5: meu look preferido que não fotografei direito

E se eu te disser que meu look preferido da viagem não tem foto sozinha? Pois é, pode me ofertar o prêmio de pior blogueira e eu vou ter que aceitar de bom grado. Em minha defesa, a gente passou o dia inteirinho no museu e eu vi tanta coisa legal que até esqueci. Quando saímos já estava escuro e aí já viu, né?

Assim, foco no meu reflexo no espelho porque essa misturinha merece. Como era dia de museu eu me inspirei no mood “dona de galeria de arte” só que de um jeitinho mais cool. E o que dona de galeria veste nesse meu devaneio? Peças amplas, com uns shapes especiais e alguma obra de arte em forma de acessório. É dessa ideia que vêm o cardigã amplo com as mangas dobradas bem largas para parecer um quimono, a gola alta preta “intelectual” e o colar branco. A calça estampada chegou pra trazer um cadinho de diversão pra mistura, encontrando no tênis sua parceira ideal.

Dia 6: último dia com um pouquinho de cor pra não ficar triste

Eu gosto muito muito muito de viajar e sempre que é o último dia me sinto meio triste, não querendo voltar pra realidade. Então fui atrás daquela pecinha que sempre me faz feliz – alô calça vermelha! A camisa listrada azul chegou pra complementar e eu amo subverter o caráter clássico que essa peça pode ter usando assim meio aberta e soltinha. O cardigã foi mais do que essencial e durante o dia eu ainda me enrolei inteira em um lenço bem quentinho, já que na nossa despedida, Viena resolveu mostrar o seu frio mais frio, talvez na tentativa de nos afugentar. Não funcionou e já quero voltar.

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Bom, é isso! Amei a experiência e olhando lá para a montagem das peças que levei, é incrível como ainda poderia ter rendido muitas outras combinações. E você, curtiu o diário de looks? Quer uma edição Madrid 40°? Eu tenho as fotos salvas caso seja do seu interesse e aí a gente pode pensar em dicas pra estar bonita no calorão, vulgo meu maior desafio de todos.

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