9 coisas que você precisa saber antes de viajar pra Montevidéu

Fotos do post: mozão, @icaromh

Depois de muito tempo, consegui tirar 10 deliciosos diazinhos de férias. Nada de checar e-mail, de despertador tocando ou de obrigações. A cidade escolhida pra dividir esse tempo maravilhoso comigo? Montevidéu. Sempre tive um carinho especial, e meio gratuito confesso, pelo Uruguai, assim nada melhor do que começar o nosso romance conhecendo a capital, né? Pasar las vacaciones hablando español era outro detalhe muitíssimo atrativo. Pesquisa daqui, leiturinhas acolá e pronto. Lá estava eu com uma malinha cheia, o boy do lado e a mãozinha esperando pelo primeiro vino.

Bora tomar um cházinho? 🫖

Embora quiséssemos muito fazer o caminho de carro, curtindo as paisagens e parando em pontos turísticos aleatórios, dessa vez fomos de ônibus leito, aquele em que os bancos viram caminhas, sabe? E tá aí uma alternativa para quem quer conhecer Montevidéu sem gastar tanto. São 12 horinhas de viagem – prefira os horários noturnos, assim dá pra dormir tranquilinho – com  lanche na saída e café, no caso, suco e barrinha de cereal, no outro dia de manhã. Isso por pouco mais da metade do valor da passagem aérea. Bueno, dica pré-viagem dada, quem tanto me cobrou pode comemorar que hoje trago 9 coisas que você precisa saber antes de viajar pra Montevidéu.

1 – Montevidéu é charmosa demais!

Começando com um dos principais motivos pelos quais ficamos completamente apaixonados pela cidade: Montevidéu é charmosa demais. Mesmo! Seja pela arquitetura antiga, presente em quase todas as ruas, pelas praças com graminha sempre aparadas, pelos cafés em cada esquina, pelas ramblas que deixam a gente pertinho do rio e do pôr do sol… É amor em cada calle, como se fosse um filme de época. Principalmente se o tempo estiver nublado ou frio, aí, minhas amigas, a elegância é redobrada! Só por essa fotinho já dá pra ter ideia do que eu tô falando, né? Pois multiplica por mil, que deve ser o número de fotos que tiramos por dia nessa cidade fofoxuxa maravilhosa kkk.

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2 – Ciudad Vieja é amor <3

Uma das partes mais bacanas de viajar pra gente é conseguir curtir a cidade o mais ‘nativo’ possível: fazer tudo a pé, comer nos restaurantes pequeninhos, comprar no mercado, beber na rua, bater papo, ver e viver como as pessoas vivem. Para conseguir fazer tudo isso com tranquilidade, a localização da casa escolhida foi primordial. Bairro mais antigo de Montevidéu, a Ciudad Vieja conta prédios históricos, ruas só para pedestres, muitos cafés, livrarias, lojas e antiquários, praças, barzinhos que abrem no final do dia e casas com essas portas gigantes lindas. Precisa de mais alguma coisa? Eu mesma respondo: não <3

Pra ter uma noção de como tudo é tão antigo quanto charmosinho, esse era o pátio da nossa casinha/vista da janela do quarto

3 – Museu, galeria e praça é o que não falta

Depois que você cansar da arquitetura e de bater perna sem destino – se é que isso é possível –  Montevidéu conta com uma série de museus, a maioria deles com entrada franca ou por R$5, e praças limpinhas com bancos pra descansar – lá não pode sentar na grama 🙁 São tantas opções que isso vai render mais duas listas, logo, logo. O melhor é que a maioria dos lugares são pertinhos um do outro, ou seja, dá pra conhecer caminhando, com pausas para o cafezinho.

Plaza Fabini, também conhecida como Plaza del Entrevero

4 – O café é fraco

Informação importantíssima para os apaixonados pela bebida: o café em Montevidéu é fraco demais! Nós peregrinamos de lugar em lugar, o que foi ruim, se considerarmos as decepções e pesos gastos, e bom, se pensarmos na quantidade de cafeterias que conhecemos – e docinhos que provamos – pelo caminho. Lá pelo quarto dia encontramos um cafezinho familiar com cappuccinos e expressos pra ninguém botar defeito. No final até agradecemos a dona, que adorou o elogio e nos deu dicas de marcas que geralmente são boas e os cafés de lá usam.

O primeiro cappuccino bom a gente não esquece, ainda mais com esse rolinho de maçã maravilhoso

5 – A cidade não é tão cara quanto dizem

Agora vai ser só foto de comida? Talvez rs

Desde que as passagens estavam compradas e a gente abriu o destino da viagem para os amigos, todo mundo sempre falava: ‘nossa, Montevidéu é cara demais, principalmente quando o assunto é comida’. Nas pesquisas, encontrávamos a mesma visão, o que nos assustou um pouquinho, já que não estávamos com tanta plata assim. Nos preparamos para o pior – e talvez até seja por isso que ao chegar achamos ok – mas a cidade não é tão cara assim. Como os pratos com carne são súper bem servidos, tipo 500g, dá pra dividir em dois e pedir uns acompanhamentinhos. Em média, no almoço, gastamos R$ 50, com uma cervejinha R$70, o que não é muito diferente daqui do BR. Se você estiver disposto a procurar, os preços diminuem. Em um dos dias de visitação dos museus achamos um restaurantezinho com milanesa + salada + arroz para duas pessoas por R$30. Baratíssimo! É claro que se você quiser visitar os lugares mais sofisticados, essa conta aumenta bastante, mas dá pra comer todas as comidas típicas com preços acessíveis.

O único dia que fomos ‘dibrados’: no Mercado del Puerto essa carninha e um purê péssimo custaram R$ 70

6 – Vantagens fiscais pra quem é turista

Mais turistinha que a gente?

Desde 2013, o Uruguai tem uma política de incentivo ao turismo. Diárias em hotéis, pousadas e hostels são cobradas sem o IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado – cerca de 20%. Em restaurantes, há o reembolso de 18,5% do valor da compra com cartão de crédito ou débito internacionais, assim como em locadoras de carros. A devolução é feita na hora para cartões Visa e na fatura mensal para cartões Master. O benefício foi prorrogado até 30 de abril de 2018. Se você pretende viajar depois disso ou quer saber mais informações, é só acessar o site do Ministério de Turismo uruguaio. Ah! Para usufruir deste incentivo, é preciso estar com o RG ou passaporte na hora da compra.

7 – Finais de semana são pacatos

Nós viajamos em um período não muito turístico, setembro, e ainda pegamos dias de chuva, mas os finais de semana em Montevidéu tiveram um quêzinho preguiçoso. As lojas não abrem, poucas pessoas estão nas ruas… A dica é aproveitar as praças, beber um vinhozinho, dar uma caminhada pelas ramblas <3 Se você der azar assim como a gente e pegar bastante chuva, a Sala Zitarrosa pode ser uma ótima salvação. São diversos shows e atividades culturais, a maioria com entrada gratuita. Nós tivemos a oportunidade de ver a Orquestra Sinfônica do Uruguai em uma homenagem à bossa nova.

8 – Horários de funcionamento

Informação importante, principalmente pra nós que estamos acostumados com tudo fechando o mais tarde possível: as lojas, museus e estabelecimentos comerciais fecham ali pelas seis da tarde. É claro que ainda rolam algumas opções, como os mercados da rede Tata e Frog, mas, no geral, é o relógio bater 18h que o pessoal já está descendo as portinhas. O resultado disso é mais gente nas ruas brincando com os filhos, dando uma caminhada… Um amor de se ver! Quem precisa MUITO de alguma coisa depois desse horário pode dar uma passadinha no shopping, que fecha bem mais tarde.

9 – Troque o dinheiro lá

Essa talvez seja uma dica meio óbvia – a gente nunca tinha viajado sozinho antes – mas faça o câmbio do seu dinheiro quando chegar no Uruguai. As taxas aqui são mais altas, então não vale a pena. O ideal é levar o suficiente pra pegar um táxi na chegada e comprar um chip de celular uruguaio. Em sua parte central, Montevidéu tem casas de câmbio por todo o lado, é fácinho de encontrar.

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E aí, curtiu o primeiro post sobre a nossa viagem? Faltou alguma info que você acha importante? É só contar nos comentários! Em breve sai post novo com dicas específicas do que fazer em Montevidéu.

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