Tag inéditos vale a pena?

Desde o momento em que consegui juntar as palavras e entender o sentido das frases, amei ler. Da infância à adolescência, pelo menos uma obra estava na minha cabeceira. Até que a faculdade e a vida adulta começaram e o tempo foi roubado pelas leituras acadêmicas, trabalhos, vida profissional… Nos últimos três anos, uma das primeiras metas da minha listinha de ano novo era ler um livro por mês. Não podia ser tão difícil. Foi. Há tempos vinha pensando em uma forma de seguir lendo além do período de férias e aí, atendendo às minhas – e as de muitas outras desesperadas – preces, surgiu a Tag Inéditos.

Bora tomar um cházinho? 🫖

Assim que mostrei a edição de estreia no insta, o livro ‘A boa filha’, de Karin Slaughter, recebi muitas perguntas sobre como funciona o clube de inéditos, se vale a pena ou não assinar. Eis que com um tempinho disponível, resolvi juntar tudo que acho relevante nesse post. Isso não é um publipost, inclusive, quem dera 😀

Mas afinal, o que é Tag Inéditos?

Livros de abril, maio, junho e julho da Tag Inéditos, clube de assinaturas de livros.

Se você também curte ler, é bem provável que já tenha ouvido falar da Tag, um clube de assinatura de livros que entrega uma obra toda especial – e surpresa – por mês na sua casinha. Ainda que achasse a ideia incrível, os livros das edições anteriores não me interessavam tanto. Eu queria leituras mais contemporâneas, algo no estilo de Big Little Lies, Garota Exemplar… Justamente para atender esse público, que se amarra em um best seller, surgiu o Tag Inéditos. A ideia? Lançar hits de outros países por aqui. Amei na hora, tanto que assinei o plano anual sem pensar muito. Se um livrinho de sucesso, recém lançado no país, com uma arte especial e marca página personalizados, entregues na minha porta não me fizesse achar um tempinho pra ler, nada faria.

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E os livros, são legais?

Kit de julho da Tag Inéditos com a obra Fique Comigo, de Ayòbámi Adébáyò
Kit de julho com ilustração e marca página personalizados

Demorei pra escrever justamente porque queria ter uma amostra mais ampla do que achei do serviço. A primeira obra, ‘A boa filha’, me conquistou por completo. História arrebatadora, fresca, instigante. Drama familiar, thriller psicológico, superação… Uma mistura daquelas que nos fazem virar páginas incessantemente. Amei e saí divulgando pra todo mundo. Aí chegou a segunda caixinha e eu, toda empolgada, simplesmente ODIEI o livro.

Embora a ideia de Stalker, de Tarryn Fisher,  fosse promissora – deprimida após sofrer um abordo espontâneo, Fig Coxboury passa os dias em praças vendo crianças que poderiam ser a sua filha até que encontra uma menininha que desperta o seu interesse. A partir daí, desenvolve uma obsessão com a vida da família, a ponto de se mudar para a casa vizinha na expectativa de uma aproximação – a história é fraca, repleta de clichês e situações forçadas. Os personagens, que poderiam ser bastante sombrios, são explorados de uma forma rasa, meio irresponsável. Para ser sincera, foi uma revirada de olho atrás da outra.

O terceiro exemplar, A vendedora de livros, de Cynthia Swanson, já vinha com grande pró, a futura adaptação para o cinema com ninguém menos que Julia Roberts como protagonista. Mais uma sinopse instigante – uma mulher com duas vidas: uma ‘real’, na qual é solteira, vive em um apartamento com seu gato e é e dona de uma livraria com sua melhor amiga, a outra ‘de sonhos’, na qual é casada com o amor de sua vida, tem três filhos e vive em uma elegantíssima casa. Em cada capítulo, uma das vidas. Esse clima de mistério, que vai desvendando a história dos sonhos aos poucos é uma das melhores coisas do livro, você de fato quer descobrir mais, afinal, está tão perdida quanto a protagonista. A estrutura de oferecer pequenas pitadas de cada mundo se mantém até quase o final, o que se torna um pouco cansativo. Ainda assim, é um livro gostosinho de ler, daqueles que combinam perfeitamente com uma tarde de chuva enroladinha nas cobertas. Um ps.: a arte da capa é um tópico à parte, linda demais e tem tudo a ver com a história!

E aí, assinar Tag Inéditos vale a pena?

No meu caso, está valendo muito. Conto os dias pra chegar a nova caixinha e a meta de ano novo está bem mais próxima de se realizar. Adoro a ideia de ter nas mãos um livro inédito, que, de certa forma, foi feito especialmente para mim, a surpresa de não saber qual será a próxima leitura, os materiais complementares que sugerem obras similares e até playlists especiais que tenham a ver com a história. É carinho nos míminos detalhes e uma aquecidinha no coração a cada nova edição. No caso da segunda obra foi aquecimento de ódio mesmo! É claro que se você não curte o suspense e a possibilidade de não se conectar com o título do mês, o serviço não é lá muito a sua cara, mas se tiver um pouco de espírito aventureiro no seu corpinho, vale a investida – mesmo que por um mês.

Outro ponto bem especial é que, dos quatro primeiros lançamentos, todos foram escritos por mulheres. Não que essa seja uma bandeira do clube, mas me chamou atenção. Ainda há a possibilidade de viver a própria experiência de clube do livro e debater as obras com outros assinantes pelo aplicativo da Tag.

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É isso, talvez tenhamos um novo post em breve para falar da leitura de julho. Ficou a fim de assinar também? Dá uma conferida nos planos, você pode escolher entre o anual, se for tão empolgada como eu e quiser economizar uma graninha, e o mensal, pra dar aquela testada básica. Ah, não esquece de me contar por aqui o que achou.

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